quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sistema de Saude

Ontem fui a uma consulta no meu centro de saude para conhecer o meu novo medico de familia e falar-lhe dos meus problemas de saude.
Tenho um novo médico de familia e sabem porquê? Pois bem, há cerca de um ano atrás eu estava descontente com o médico que tinha e pedi para ser transferida para uma nova medica, por sinal conhecida da familia. A transferencia ocorreu quase de imediato e estava bastante satisfeita mas há coisa de um mês atrás informaram-me que tinha um novo medico de familia. Repararam no pormenor do "informaram-me"? Não, ninguem me perguntou se estava de acordo, se queria medico A ou B, nada de nada! E querem saber o porquê da decisão de sair da medica anterior? Aquilo funciona muito mal, é uma grande confusão, ninguem entende nada. Se um médico, que se encontra no "sistema" acha isto, podem bem imaginar o que achamos nós como utentes.
Na sala de espera, tive a oportunidade de falar com umas senhoras mais idosas que por lá se encontravam e que gostam sempre de dialogar. Em conversa surgiu esta alteração de médicos e não é que a estas senhoras foram dadas escolhas de novos médicos de familia? Porque é que elas tiveram esse direito e eu não??? Um Absurdo!

Surgiu ainda a questão das novas regras de isenção da taxa que pagamos para estas consultas. Das três senhoras que lá estavam apenas uma continuava isenta. As outras duas, que anteriormente tambem estavam isentas por serem reformadas, agora teriam de pagar ou pedir uma avaliação da junta médica em como estão 60% incapacitadas e só nesse caso estariam isentas. Acho isto ridiculo... Então basicamente é preciso estar de "caixão à cova" para não se pagar para uma consulta para o qual se descontou uma vida inteira de trabalho? A senhora isenta só ainda o é porque tem diabetes tipo 1. Uma das senhoras não isentas, tem uma doença que lhe condiciona bastante a vida mas agora terá de esperar uns meses por uma avaliação da junta médica para que possa poupar uns euritos da sua pequena reforma, quando vai ao médico.

Afinal de contas, andamos a descontar a vida toda para quê? Eu já sei que quando chegar a minha altura de velhice não vou ter nada... nessa altura estaremos falidos mas gostava de pensar que os meus pais daqui a uns anos terão acesso ao sistema de saude e que este não se tornará um sistema só para os ricos como hoje em dia já é qualquer consulta de especialidade.

Cumprimentos
Observadora Incrédula

(P.S: Peço desculpa se hoje fui um pouco mais confusa que o normal mas não estou nos meus dias)

Sem comentários: